Boa oferta brasileira pressiona soja, milho se beneficia
No mercado de milho, os futuros em Chicago também recuaram
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As cotações da soja em Chicago encerraram a semana passada em queda, com o contrato para março fechando a sexta-feira (31) em 1.042 cents por bushel, recuo de 1,3%, segundo a StoneX. O mercado segue atento à safra da América do Sul e às tensões geopolíticas dos EUA com Colômbia, México, Canadá e China. Além disso, as vendas fracas de exportação continuam pressionando os preços. Com a colheita avançando no Brasil e a soja nacional mais competitiva que a norte-americana, o mercado monitora o impacto sobre os estoques dos EUA. A política tarifária dos EUA, apesar de ter tido ajustes, ainda gera incertezas.
No mercado de milho, os futuros em Chicago também recuaram, com o contrato para março/25 fechando a semana a 482 cents por bushel, queda de 0,9%. No início do período, fundos de investimento impulsionaram as compras, apostando nos riscos climáticos da safra sul-americana. No entanto, os rumores de novas tarifas dos EUA sobre produtos do Canadá e México trouxeram cautela ao mercado, reduzindo o apetite dos investidores e pressionando os preços.
Na B3, o milho seguiu trajetória oposta e registrou alta. O contrato para março encerrou a semana a R$ 75,50/saca, avanço de 0,5%. “Se por um lado a posição mais isolacionista da política tarifária dos EUA tende a penalizar os preços em Chicago, o milho brasileiro só tem a ganhar com esse movimento, uma vez que a medida retira competitividade de um importante mercado exportador de grãos, favorecendo a posição brasileira no comércio global e entregando, consequentemente, suporte aos preços domésticos”, indica.